B3: A bolsa brasileira fechou a sexta-feira em alta de 2,75% aos 80.263,35 pontos. Na semana, o índice andou de lado, com uma ligeira queda de 0,30%. As duas maiores empresas listadas tiveram alta, Petrobras (PETR4) subiu 3,05% e Vale (VALE3) subiu 5,98% na semana. Destaques da semana foram as empresas de papel e celulose Suzano (SUZB3), que subiu 20,15%, e Klabin (KLBN11), que subiu 20,10% no período. Os grandes bancos apresentaram queda. O Itaú (ITUB4) caiu 1,98%, o Banco do Brasil (BBAS3) caiu 4,91%, o Bradesco (BBDC4) caiu 6,42% e o Santander (SANB11) caiu 9,52% na semana. Magazine Luiza (MGLU3) teve mais uma semana boa e subiu 11,75% na semana, enquanto a Via Varejo (VVAR3) caiu 3,59%.
Dólar: A moeda norte-americana teve mais uma semana de alta, fechando a sexta-feira cotada a R$5,7401 na venda, alta de 5,56% na semana. A redução da taxa SELIC ocorrida nesta semana deixa o Brasil menos atrativo para o investidor estrangeiro, que tirou dólares do país para investir em mercados com melhor rentabilidade e menos risco. Concorre para a alta do dólar também a balança comercial brasileira, que tem grande influência das commodities, as quais tiveram queda de preço, provocando menos entrada de dólares.
IPCA: A inflação medida pelo IPCA teve, em abril, resultado -0,31%, o que representa o menor valor em 22 anos. Os alimentos subiram 1,79% no mês, mas o índice foi fortemente influenciado pela queda no preço dos combustíveis (-9,59%). Entretanto, parece que a festa da pipoca acabou, pois a Petrobras aumentou em 12% na quinta-feira os preços da gasolina para as refinarias. Resta saber se esses preços serão repassados ao consumidor, tendo em vista que a queda do preço do petróleo no mercado mundial não foi repassada em sua integridade. A meta de inflação do Banco Central é de 4% ao ano, mas o último Relatório Focus indicou que o mercado espera inflação de 1,97% em 2020.
SELIC: O Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) se reuniu nesta semana e decidiu baixar em 0,75 ponto percentual a taxa SELIC, que agora foi fixada em 3,00% ao ano. O último Relatório Focus do Banco Central mostra que o mercado prevê SELIC a 2,75% ao ano no final de 2020. Especialistas alertam para investimentos em fundos que remuneram a 100% do CDI e que cobram até 3% de taxa de administração, o que pode zerar os ganhos dos investidores.
Bancos: Os quatro grandes bancos com ações na bolsa divulgaram os seus balanços do 1T19. O Banco do Brasil reportou queda de 20% no lucro recorrente, enquanto o Bradesco teve baixa de 39,8% no lucro. Itaú registrou a maior queda: 43%! Entre os grandes bancos, o Santander foi o único que registrou alta (10,5%), no comparativo com o mesmo período do ano passado.
Resultados: A temporada de resultados continua na próxima semana com a divulgação dos balanços da Petrobras, Via Varejo, Brasil Foods, Suzano Papel e Celulose, Eletrobras, Carrefour, Pão de Açúcar, Cosan, Rumo Logística, Itausa, Embraer, Sabesp e outras.
Covid-19: O número de infectados e de óbitos no Brasil continua aumentando, enquanto na Europa países como Itália e Espanha já apresentam queda substancial no ritmo de contágio, permitindo a eles a remoção de algumas medidas drásticas de isolamento (lockdown) que haviam tomado. A boa notícia no Brasil é que a taxa de crescimento dos novos casos vêm diminuindo desde a segunda semana após a notificação do primeiro caso. Até 08 de maio, são 73 dias desde a notificação do 1º caso em 26 de fevereiro. Acompanhe a taxa de crescimento período por período:
período | data | Número de dias | Taxa de crescimento ao dia |
1 | 26/fev a 06/mar | 10 | 26,14% |
2 | 07/mar a 16/mar | 10 | 30,92% |
3 | 17/mar a 26/mar | 10 | 23,65% |
4 | 27/mar a 05/abr | 10 | 14,09% |
5 | 06/abr a 16/abr | 11 | 4,27% |
6 | 17/abr a 27/abr | 11 | 6,11% |
7 | 28/abr a 08/mai | 11 | 4,71% |
Gráficos da semana: Taxa de crescimento do Covid-19 no Brasil (elaboração própria), SELIC (elaboração própria, dados do Banco Central) e IPCA (elaboração própria, dados de IBGE).


